Para o sistema semi-intensivo, os viveiros são semi-escavados, seguindo-se uma boa compactação do fundo e dos taludes. Assim, o trabalho de máquinas na escavação e compactação é indispensável, prevendo-se, inclusive, a limpeza superficial da área, com eliminação de tocos, pedras e camada vegetal, antes do estaqueamento para marcação dos viveiros.
A derivação deverá ser do tipo individual e paralela, ou seja, a água que entra em um viveiro é, posteriormente, eliminada, sem que esta seja aproveitada em outro viveiro subseqüente.
O tamanho dos viveiros deverá ser calculado de acordo com a natureza de cada projeto, no tocante ao sistema de criação adotado ou, até mesmo, orientado pela topografia apresentada pelo local. Todavia, usa-se recomendar viveiros de grande porte para obtenção de bons resultados, principalmente nas regiões onde o clima sofre muitas oscilações. Viveiros com área mínima de 1000 m2 e máxima de 5000 m2 são os mais utilizados em projetos de natureza comercial. Deve-se salientar, também, que a forma retangular é a mais adequada para o manejo, respeitando-se a proporção máxima de 3:1 (comprimento: largura).
A contar da lâmina d'água até o fundo do viveiro, a profundidade deverá estabelecer-se em 1,00m no ponto de abastecimento e declinar até 1,50 m, no ponto de drenagem. Além disto, deve-se prever, no mínimo, 30 cm de porção emersa nos taludes.
No ponto de abastecimento e nas laterais do viveiro, a inclinação deverá respeitar a proporção mínima de 1:1,5. Já o talude do ponto de drenagem deverá apresentar a proporção de 1:2,5 . Contudo, como regra geral, usa-se recomendar uma inclinação interna de 1:3 em todos os taludes, o que irá colaborar para evitar erosões e facilitar o manejo.
O transporte da água aos viveiros poderá ser efetuado por canalizações fechadas ou a céu aberto, através de canais escavados, revestidos ou não com lona plástica ou, também, através de canais construídos em alvenaria.
A água deverá abastecer os viveiros, na sua porção superficial, através de canos posicionados ao meio do talude, a uma altura mínima de 30 cm acima da lâmina d'água. O controle da quantidade de água poderá ser efetuado através de registros de gaveta ou por caixas tipo comporta.
Esta comporta deverá ser construída em concreto ou alvenaria e instalada ao meio da porção final do viveiro. Tal aparato irá contribuir para regular a altura da água no viveiro, possibilitando a drenagem constante na porção inferior, sem prejudicar o nível de profundidade.
Trata-se de uma calçada construída em concreto, com 7cm de espessura, instalada à frente do monge para facilitar o manejo durante a drenagem total dos viveiros.
O cano de descarga do monge deverá atravessar o talude, na sua porção inferior, despejando a água da drenagem em um canal, que irá conduzí-la para um ponto de despejo em nível inferior ao dos viveiros, podendo ser constituído por algum córrego ou rio. Tal canal, deverá ser escavado na terra e protegido, nos pontos de drenagem, por revestimento em concreto.
Todas as porções emersas dos viveiros, bem abastecimento e drenagem, deverão conter grama erosão. Para tanto, sugere-se utilizar grama adquirida na própria área ou, caso haja necessidade de compra, recomenda-se gramas em placas, com preferência dos tipos: batatais, pensacola, São Carlos, entre outras.